sexta-feira, 30 de março de 2012

Etanol: solução viável para vencer o desafio energético global



Com investimentos e políticas públicas setoriais, o etanol poderá assumir uma posição cada vez mais estratégica na diversificação da matriz energética mundial, cuja demanda por energia deverá crescer 40% até 2035. Esses foram os temas principais abordados pelo presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, em debate que reuniu especialistas em questões ligadas às energias renováveis durante o evento Global Collaboratory on Energy, organizado pela empresa DuPont em parceria com a rede britânica BBC, no dia 20 de março, em São Paulo (SP).


O debate, que teve também a participação do professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e ex-ministro do Meio-Ambiente, José Goldemberg, fará parte da segunda temporada do programa Horizons, exibido pela BBC em mais de 200 países a partir do dia 07 de abril. Apresentada pelo renomado jornalista britânico Adam Shaw, a série continua sua viagem pelo mundo em busca de soluções para os grandes desafios do planeta, sobretudo os relacionados à produção de alimentos, energia e meio ambiente.


“O futuro energético não é o petróleo, são as energias renováveis. E o etanol tem potencial para ser a mais viável delas, desde que, claro, haja uma política que ofereça segurança e infraestrutura para sua produção,” avaliou Jank. Ele destacou o potencial do etanol na diversificação da matriz energética mundial, particularmente o produzido a partir da cana, considerado o mais eficiente em termos de redução na emissão de gases causadores do efeito estufa (GEEs) - em comparação com a gasolina, chega a emitir até 90% menos.“Mais de 100 nações em desenvolvimento poderiam fornecer biocombustíveis para o mundo em vez das 20 produtoras de petróleo que fazem isso hoje,” ressalta.
José Goldemberg concordou com a ideia de se investir na produção de fontes de energia limpa como forma de se reorganizar a geopolítica do planeta. “Além do problema ambiental, os combustíveis fósseis, que acabarão em quatro ou cinco décadas, estão distribuídos de forma disforme. A maior parte está no Oriente Médio, região atormentada por conflitos. Se não investirmos em fontes de energia sustentáveis, vamos ficar sem energia," observa.



Nenhum comentário:

Postar um comentário